Qual a melhor forma de uma criança aprender?

criança aprender

Brincar será uma forma de uma criança aprender?

Se analizarmos imagens de escolas do início do século XX e as compararmos com as imagens das salas de aula hoje em dia, verificamos com toda a certeza inúmeras diferenças, mas também incrivelmente muitas semelhanças, sobretudo nos métodos de ensino que ainda muitas escolas utilizam para proceder à “exposição” da matéria.

Assim, não são poucas as escolas que colocam todos os seus alunos sentados a observar o que o professor está a transmitir, como quem assiste a um filme e apenas lhe é estimulado um sentido, ou no máximo dois.

Contudo na comparação que fazemos com as escolas do ínicio do século XX, claro que não podemos comparar o nível de vida e a suposta qualidade de vida de outrora para a nossa realidade atual.

Existia um facto que estava presente em praticamente todas as crianças do início do século passado, esse facto era o poderem brincar na natureza, ou até mesmo no recreio livremente sem barreiras e condicionantes.

Como brinca hoje uma criança?

Hoje assiste-se a uma formatação das brincadeiras das crianças, com regras muito bem definidas, com espaços pouco ou nada adequados à exploração física do corpo e do meio envolvente.

Hoje em dia, se uma criança subir a uma árvore numa escola e cair, arrisca-se a escola a ter uma reportagem televisiva à sua porta a querer saber como é que foi possível uma criança subir a uma árvore e dela cair em pleno horário escolar!

Infelizmente hoje as crinaças estão condenadas a horários fixos sobrelotados com tarefas formais, onde não existe o tempo mais importante, o tempo para brincar. Tempo que potencializa a capacidade de aprender a conhecermo-nos a nós próprios e a tudo o que nos rodeia. 

Professor Carlos Neto, "brincar é a melhor prescrição para um desenvolvimento saudável das crianças".

Para o Professor Carlos Neto (professor da Faculdade de Motrícidade Humana), “Brincar permite adquirir instrumentos fundamentais para a resolução de problemas, tomada de decisões e permite também o desenvolvimento de uma capacidade percetiva em relação ao espaço físico e em relação aos outros.

Além de que muitos estudos evidenciam que, quanto mais tempo a criança tem de atividade lúdica e física no recreio, maior capacidade de concentração tem na sala de aula. Já para não dizer que manter o corpo ativo é uma forma de combater o flagelo dos nossos tempos que é o sedentarismo

Como nos é dado a entender o tempo para brincar é fundamental para a criança crescer em harmonia, vejamos então o que se passa com as nossas crianças nas escolas relativamente a este tempo, ou melhor dizendo, à falta dele.

Crianças não brincam em liberdade

“Segundo Aida Figueiredo, investigadora do Departamento de Educação da Universidade de Aveiro, autora do primeiro estudo nacional sobre a interação das crianças com os espaços exteriores das creches e jardins de infância, analisou atentamente o assunto e concluiu que os mais pequenos passam 10,8% do tempo no recreio. E pouco desse tempo é dedicado ao jogo livre.”

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Esta é uma verdade inequívoca, na escola as crianças não têm tempo suficiente para poderem brincar em liberdade.

Existe depois o momento pós escola, será que nessa altura o brincar está presente? Não conhecendo muitos estudos sobre esta questão, podemos afirmar que as atividades extracurriculares ainda na escola, bem como as atividades fora da escola, tais como as atividades desportivas ou de carácter lúdico são muito importantes, mas não têm a capacidade de substituir o brincar livre.

O tempo do brincar livre está realmente em vias de extinsão na nossa cultura ocidental, cultura essa onde, surge a seguinte frase: “Passeamos mais os cães do que as crianças…” provavelmente é um exagero, mas não está longe de ser verdade.

Vejamos, quem tem um cão leva-o a passear e a brincar pelo menos duas vezes por dia, faça chuva ou sol. O mesmo já não acontece com as crianças. Basta estar um pouco mais frio que correm o risco de apanhar uma constipação e já não saem de casa e é aqui, a meu ver, que reside um dos problemas!

Defendemos que o brincar é a melhor maneira de aprender a Ser e defendemos um método de ensino nas nossas aulas e treinos, que se centra no:

“Brincar a Aprender, Aprender a Brincar.” Faça sol ou faça chuva!

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