Dia Mundial do Sono – Dormir não é uma perda de tempo

Dia Mundial do sono

No Dia Mundial do Sono a APDF deixa uma chamada de atenção para a importância do sono. Se quer estar bem acordado…durma bem!

Dormir, muito mais do que um descanso....

Dormir é mais do que uma necessidade, é um requisito para que nos possamos manter vivos e de saúde, é tão importante como comer ou respirar, sem estas aspetos o corpo humano mais cedo ou mais tarde irá simplesmente deixar de funcionar, e ninguém escapa a essa realidade.

Dia 15 de março comemora-se o Dia Mundial do Sono, este facto passa despercebido a muita gente, bem como a sua importância para que possamos ter qualidade de vida e possamos estar bem connosco próprios e com aqueles que nos rodeiam.

Dia Mundial do sono

O sono pode ser mesmo um indicador do nosso estado de saúde, tanto físico como mental, pois não são raras as vezes em que simplesmente não conseguimos dormir quando estamos perante vários tipos de problemas.

Existem mesmo várias expressões populares que retratam a importância de uma boa noite de sono, expressões como “a almofada sempre foi boa conselheira”, ou “nada que uma boa noite de sono não cure” são apenas exemplos da importância que damos desde sempre a este momento da nossa vida.

Quantas horas se deve dormir?

Podemos dizer que as necessidades individuais do número de horas de sono de cada um, varia de pessoa para pessoa, até mesmo, por vezes do momento da vida de cada um de nós. 

Apesar dessas características individuais, há um aspeto que é universal, todos precisamos de dormir tempo suficiente para permitir que o sono possa cumprir as sua funções para a sobrevivência humana.

Durante o sono, o cérebro organiza a memória e toda a informação acumulada durante o dia, o sono permite que o corpo descanse efetivamente para que possamos trabalhar, pensar, agir e decidir de forma saudável e racional. 

Dra. Teresa Paiva é a maior especialista na área do sono em Portugal

Dra. Teresa Paiva, em entrevista à Prevenir, refere que “O que está a acontecer por cá (Portugal) não é mesmo nada recomendável. A privação de sono é como a cocaína, inicialmente dá prazer, mas depois, tem consequências muito negativas”. 

Portugal neste momento é um dos países da União Europeia com maiores níveis de consumo de benzodiazepinas, classe de fármacos que integra os sedativos para dormir.

“As pessoas estão convictas de que é melhor tomar um medicamento do que mudar os hábitos de vida.” Um dos aspetos que a Dra. Teresa Paiva enumera está relacionado com o facto de os portugueses serem dos povos que trabalha mais horas a nível mundial, tentando compensar a baixa produtividade e as dificuldades económicas através do número de horas de trabalho.

A hora de dormir das crianças em Portugal

As crianças portuguesas também têm hábitos muito negativos no que diz respeito ao dormir, isto porque para além de estarem muitas horas em frente a ecrãs, também se deitam tardíssimo, sendo em comparação com as restantes crianças da União Europeia, das que mais tarde se deitam.

Dia mundial do sono

As mulheres e mães portuguesas não têm a vida nada facilitada relativamente a este aspeto, pois devido à falta de políticas efetivas que promovam a natalidade e a família, as mães e os pais têm os mesmos horários que qualquer outro funcionário, mas depois acresce o tempo dedicado no apoio aos filhos.

A chegada a casa é feita à pressa, o jantar tem que ser feito, os trabalhos de casa têm que ser feitos, os banhos têm que ser tomados, e no meio de tanta tarefa a pressão e a ansiedade têm oportunidade de começar a despertar. 

O Sono nunca vai ser beneficiado com estas características da nossa sociedade atual, há que refletir e alterar padrões coletivos para conseguirmos ter um aumento efetivo da nossa qualidade de vida.

O facto de não dormirmos o número de horas suficientes e de qualidade, prejudica gravemente os processos cognitivos, nomeadamente a atenção, a concentração, o raciocínio e a resolução de problemas.

No Dia Mundial do Sono vamos reflectir sobre alguns hábitos que nos podem ajudar no que diz respeito a ter uma boa noite de sono:

  • Criar rotina no horário de deitar;
  • Manter o quarto calmo e isento de estímulos que atraiam a nossa atenção, tanto visual como sonora;
  • Evitar a ingestão de álcool e bebidas com cafeína;
  • Tomar um banho quente e relaxante;
  • Ler um bom livro e abster-se dos desafios diários;

Qualidade de sono para toda a família

Um dos fatores que pode influenciar definitivamente a melhorar a qualidade do sono para toda a família é a prática desportiva, é incrível como um comportamento consegue fazer bem a todos os fatores da nossa saúde. 

O sono também pode melhorar significativamente com uma boa prática desportiva adequada à especificidade de cada um. Na APDF Associação Portuguesa de Desporto em Família, defendemos uma prática desportiva em família.

E se for o nosso bebé a não conseguir dormir…nesse caso também ninguém dorme, o que devemos fazer?

Segundo Filipa Sommerfeldt Fernandes, especialista em sono infantil, numa entrevista à revista Miúdo & Graúdos podemos criar hábitos e comportamentos que irão ajudar o nosso bebé a dormir melhor, o que trará melhorias no bem-estar de toda a família.

Para esta especialista, os erros mais comuns no que diz respeito a tentar ajudar no sono do bebé são:

  • Deitar o bebé demasiado tarde;
  • Não criar rotinas com o bebé através de uma boa organização diária;
  • Saltar sestas;
  • Não oferecer um ritual agradável e tranquilo ao bebé no final do dia, para que este ganhe previsibilidade e consistência;
  • Ser demasiado reativo aos sons/movimentos do bebé, estando sempre a tocar-lhe durante os períodos de sono;

Analisando estes erros muito comuns, podemos referir que a criação de rotinas é fundamental para a paz e harmonia do bebé. É extremamente importante proporcionar-lhe segurança na hora de dormir, pelo que é importante ter um horário de sono regular tanto para as sestas como para a noite de sono, estabelecer uma rotina cerca de meia hora antes de dormir para ajudá-lo a descontrair e proporcionar-lhe um ambiente calmo e silencioso.

O mais importante é termos sempre bom senso, e não cairmos nos comportamentos pré-definidos, ou seja, caso o bebé tenha dias em que lhe custa mais adormecer, provavelmente nesses dias deveremos dar-lhe mais mimo e aconchego, mas também começar a conhecer os comportamentos do nosso bebé e adequar os nossos, pois eles também têm personalidade e têm momentos melhores e piores, como tal não existem mandamentos infalíveis, existe algo que torna tudo mais fácil…muito amor e instinto.

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