Obesidade Infantil o que fazer? Causas e tratamentos
A obesidade infantil deve ser falada e discutida e tem que estar presente nas nossas conversas diárias, pois os hábitos das famílias portuguesas estão a levar-nos, a passos largos, para uma sociedade doente!
Como sabemos, todos nós somos o que comemos, o que fazemos com o nosso corpo e o que trazemos como herança genética. A incidência da Obesidade também depende desses três fatores, maioritariamente.
Factores que contribuem para a obesidade
Dos três factores descritos acima existem dois que são fácilmente controláveis, que podemos chamar de factores comportamentais (o que comemos e o que fazemos) o que não conseguimos controlar é o fator genético.
Por incrivel que possa parecer são os dois primeiros fatores que estão a criar uma sociedade “Bomba relógio”, pois estão a convidar a Obesidade infantil a instalar-se confortavelmente na nossa sociedade, nas nossas casas.
No que diz respeito ao que as crianças consomem, é assustador verificar que cerca de 90% consome fast food e derivados (refrigerantes) regularmente, se associarmos a este valor, o facto de 75% não consumir a fruta necessária e não beber a água necessária.
Podemos começar a verificar a “bomba” a que estamos a condenar as nossas crianças e concluir que a obesidade infantil vai crescer e manter-se.
Obesidade Infantil em Portugal
No relatório “Health at a Glance 2019” da OCDE divulgado recentemente, coloca Portugal em 9º lugar no ranking mundial da obesidade e excesso de peso infantil, com uma percentagem de 37,1% de prevalência nas crianças entre 5 e 9 anos.
Em primeiro lugar encontram-se os EUA com 43% das crianças nessa faixa etária acima do peso ideal e em último lugar da tabela a Índia com 8%. Aqui ficam os dados!
Estes valores não surgem por acaso, pois a grande maioria das nossas crianças não utiliza o corpo como ferramenta de brincadeira, e mesmo que o quisesse fazer, a nossa sociedade de consumo não lhes permitiria.
Crianças sedentárias
Quando as crianças estão em média 4 horas por dia em frente a ecrãs (dias escolares) e 7 horas ao fim de semana…. o que podemos esperar que aconteça que não seja ter uma sociedade repleta de seres obesos e com uma alta taxa de incidência de doenças relacionadas com estes maus hábitos que estamos a fomentar nas nossas crianças!!
Por incrivel que pareça os pais das atuais crianças portuguesas, nós, talvez tenhamos sido a última geração que cresceu e brincou sem internet e sem touch screens e estamos a “castrar” os nossos filhos das oportunidades que nós tivemos enquanto crianças.
Porquê? Porque o medo penetrou no nosso pensamento colectivo de pais, é incrivel como temos mais medo de uma esfoladela feita numa queda de bicicleta do que medo de uma psicose que possa surgir devido à elevada exposição a ecrãs e estímulos meramente visuais. Dá que pensar, não dá?
O que é positivo é que para mudar tudo isto não é necessária uma intervenção ao nível de fatores genéticos, basta alterar os fatores comportamentais, e estes são aqueles que temos o poder de alterar. A mudança está nas nossas mãos. Está em cada mãe e cada pai!
Vamos a isso? Vamos inverter estes dados?