A Ilhas das Garças, uma pequena ilha do rio Tejo, junto a Aldeia Avieira do Escaroupim, onde podem ser observadas centenas de aves, de espécies diferentes como, Garça- Branca-Pequena, Garça-Real, entre outros.
Quando se fala em ilha todo temos a perceção de que estamos a falar de uma massa de terra, normalmente no mar, rodeada de água, podendo a sua origem ser vulcânica ou não. E quando falamos em mouchão? Estamos a falar exatamente de quê?
Um mouchão, também designado por moichão ou morraceira, é um topónimo que serve para designar uma ilhota fluvial mais elevada que a lezíria circundante onde crescem choupos ou outra vegetação endógena.
Em Portugal existem vários mouchões, principalmente no Estuário do Tejo, onde se podem encontrar o Mouchão da Póvoa, o Mouchão das Garças, Mouchão de Alhandra etc….
Devido à sua pequena dimensão, são propensos a cheias e o seu tamanho é variável consoante o caudal do rio. Os mouchões são, também, importantes locais de proteção para peixes, moluscos, crustáceos e, sobretudo, para aves, que neles descansam aquando da sua migração.
Os mouchões da Póvoa e de Alhandra os mais conhecidos, talvez pela sua extensão, mas sobretudo por estarem na área metropolitana de Lisboa, o que os torna parte integrante do quotidiano de grande parte da população. Quem passa pela A1 ou pela linha do Norte, de certeza, que já reparou nas grandes ilhas que o tejo abraça junto à sua margem direita. A pergunta que fica, “serão estes os mouchões mais bonitos que o tejo tem?” a resposta é claro que não, existem muitos outros e muito mais bonitos, alguns escondidos à primeira vista.
Nas caminhadas realizadas pela APDF já mostramos o que para nós é o mouchão mais bonito que o rio tejo alberga, o mouchão do Malagueiro. Mas existem outros que transbordam beleza, sendo um deles o mouchão das Garças junto à aldeia avieira do Escaroupim.
Na caminhada dos Avieiros teremos a oportunidade de observar da margem, o mouchão das Garças e muito provavelmente iremos descobrir a razão pela qual tem essa denominação, pois chegam a ser centenas, as garças brancas pousadas nas suas árvores.
Esta é uma imagem que se tem quando estamos junto ao cais que existe na pequena aldeia, com sorte poderemos ver os pescadores que existem a saírem para a sua faina, nos seus barcos que hoje são apenas barcos, mas que há umas dezenas de anos eram também casas, pois muitas famílias de avieiros passavam semanas inteiras dentro dos barcos na altura mais forte da pesca.
A nossa caminhada irá fazer-vos sentir um pouco desta cultura, pois esta é uma das aldeias que mais conserva e mantêm práticas de pesca antiga.
No final da caminhada, quando chegar o momento do nosso piquenique, brindaremos com um copo de vinho e vista para a ilha das Garças! Aceita o convite?